segunda-feira, 25 de junho de 2012

Seminário de dons espirituais - Me. Roberto Lira (Igreja de Nova Vida Sobradinho-DF)


fonte: https://sites.google.com/site/lrobertolira/


Texto Base
1Co 12:8-11 - "Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer."
O que são dons espirituais ?
·         É a manifestação do Espírito Santo dentro de nós, nos capacitando com poder de Deus para realizar uma tarefa segundo a sua vontade. É algo que acontece entre o espírito do homem e o Espírito de Deus e se expressa através da alma e do corpo.
·         Não confundir dons do Espírito Santo com habilidades naturais.
·         Habilidade ou talento é a capacidade natural que cada um de nós tem. Está ligado a aptidão.
DONS E MINISTÉRIOS NA BÍBLIA
Dons – (Gr. Charismatoon, latim donum) - "donativo, presente, dádiva, faculdade ou privilégio adquirido de modo sobrenatural. Capacitação que o próprio Deus através do Espírito Santo dá gratuitamente aos seus filhos(as)". Rm 12.6a

Graça - Charis - (graça), e Kharizonai (agraciar) 

Ação de Deus, independente dos nossos merecimentos na vida.

Ministérios – (Latim ministerium) - cargo ou função, emprego que exerce segundo I Pe. 4.10 “Servi uns aos outros, como bons despenseiros da multiforme, Graça de Deus”. O ministério seria, por assim dizer, o ato de trabalhar no serviço {ministrar = servir}.
Dom = Capacitação dada por Deus.

Ministério = Serviço executado com dons em benefício da comunidade.
Graça = Ação de Deus, independente dos merecimentos.

1Co 12:1-7  "Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum."
Não quero que sejais ignorantes.
Ser ignorante é não ter conhecimento a respeito de algum assunto (ex.: agricultura, construção, computadores).
 Como posso desenvolver o meu dom espiritual?
1.      você deve ser um cristão de verdade.  Há pessoas que até freqüentam os cultos com certa regularidade, contribuem com dinheiro e até exercem algum cargo...
Mas jamais entraram em um relacionamento pessoal com o Salvador, que poderíamos chamar de nascer de novo.
Nesta oportunidade vale a pena revermos o que vem a ser uma autêntica conversão a Cristo, conforme a Epístola aos Colossenses:
2.      você deve crer nos dons espirituais. Você precisa crer que Deus lhe outorgou um dom espiritual antes que dê início ao processo de descobrimento. 
Também é mister que você tenha um senso de agradecimento a Deus por haver lhe outorgado algum dom espiritual.
3.      você deve estar disposto a esforçar-se. Deus lhe deu um ou mais dons espirituais, e isso por alguma razão. 
Há um trabalho que Ele quer que você cumpra no Corpo de Cristo, uma tarefa específica para a qual Ele lhe tem equipado.  Deus sabe se você é sério quanto a trabalhar para Ele. 
Se você estiver disposto a usar seu dom espiritual com vistas à glória de Deus, bem como ao bem-estar do Corpo de Cristo, Ele haverá de ajudá-lo. 
4.      você deve orar. Antes, durante e depois desse processo, você precisará orar. 
Tiago recomendou: “Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tg 1:5).  Busque a Deus sincera e intensamente, pedindo-lhe orientação.  Visto que Deus que você descubra qual o seu dom espiritual, certamente Ele lhe dará toda a ajuda que você vier a precisar. Simplesmente peça e confie que Ele o fará.
Descobrindo o seu dom espiritual.
Passo 1:  Explore as Possibilidades.
Será difícil você descobrir um dom espiritual e não saber, de antemão, o que lhe deve procurar. 
O propósito é explorar as possibilidades, é familiarizar-se o bastante com os dons que Deus deu ao Corpo de Cristo, a fim de que, quando você descobrir o seu dom seja capaz de reconhecer em que consiste tal dom.
·         Estude a Bíblia. Naturalmente, a fonte básica de informações sobre os possíveis dons espirituais é a Bíblia.  Estude até que você se sinta familiarizado com o que a Bíblia ensina a respeito dos dons.
·         Leia. Nunca antes, na história da Igreja, houve uma literatura tão farta sobre os dons espirituais como em nossos dias.
·         Procure conhecer pessoas que exerçam dons espirituais. Converse com crentes que já tenham descoberto, desenvolvido e estejam usando seus dons.  Receba a benção da experiência destes irmãos.
Passo 2: Experimente os  Dons. 

Você jamais descobrirá se tem talento para jogar boliche enquanto não experimentar.  Você jamais saberá se tem jeito para compor poesias se nunca tentar!
Um ponto permanente consiste em olhar à sua volta para ver que necessidades você seria capaz de identificar. 

·         Em seguida, tente fazer alguma coisa para satisfazer essa necessidade. 
·         Procure saber quais as necessidades de outras pessoas e da Igreja local. 
·         Descubra onde você pode mostrar-se útil em algum sentido e, então, entre em ação.
·         Mostre-se disponível para qualquer ocupação na igreja. 
·         Quando você receber alguma tarefa para realizar, faça-a sob oração. 
·         Peça que o Senhor lhe mostre, através daquela experiência, se você tem ou não um dom espiritual compatível com a experiência.
Passo 3: Examine seus sentimentos.
Nosso Deus sabe que se tivermos alegria no cumprimento de uma tarefa faremos um trabalho melhor do que se não gostássemos da mesma.
·         Logo, parte do plano de Deus consiste em combinar o dom espiritual que Ele nos tem dado com os nossos sentimentos, de tal maneira que se realmente tivermos um dom, haveremos de desfrutar prazerosamente do mesmo.
·         No Salmo 37:4 lemos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração”.  Servindo a Deus fielmente teremos a alegria de viver na Sua perfeita vontade.
Passo 4: Avalie a sua eficiência.

Visto que os dons espirituais têm em vista cumprir tarefas, não está fora de ordem esperar que os mesmos funcionem.

  • Se Deus lhe deu algum dom, Ele assim o fez porque quer que você realize algo para Ele, dentro do contexto do Corpo de Cristo. 
  • As pessoas espiritualmente dotadas obtêm bons resultados.  Se você estiver experimentando um dom e coerentemente descobrir que aquilo que deveria estar acontecendo não acontece, então é provável que você tenha descoberto um outro dos dons espirituais que Deus não lhe deu.
  • Se você recebeu o dom ministerial de evangelista, então as pessoas aceitarão a Cristo regularmente por meio do seu ministério. 
  • Se você tiver recebido o dom da exortação, ajudará pessoas em seus problemas e verá vidas serem endireitadas. 
  • Se você tiver recebido o dom de curas, pessoas enfermas serão curadas. 
  • Se você tiver recebido o dom da administração, sua Igreja será abençoada pelo seu desempenho.  Quando dons espirituais autênticos estão em operação, aquilo que se espera que aconteça estará acontecendo.
 Passo 5:  Espere confirmação por parte do Corpo de Cristo.
Se você julga que possui um dom espiritual e está procurando exercê-lo, mas ninguém em sua Igreja pensa assim, então o mais provável é que você esteja enganado. 
·         Um dom espiritual precisa ser confirmado.

Uma pessoa pode sentir alegria em desempenhar uma função e ainda assim não possuir o dom espiritual respectivo?  Sim.   

·         Talvez você tenha um profundo desejo de ajudar a outras pessoas, por exemplo. 
·         E sinta que Deus o está chamando para o ministério de aconselhamento, através do dom da exortação. 
·         Entretanto, se você está fazendo experiências com o aconselhamento, e verifica que durante um certo período de tempo ninguém o procura a fim e ser aconselhado, nem recomenda a seus amigos e parentes que o procurem, nem lhe escrevem notas dizendo o quanto você os tem ajudado, então você terá boas razões para duvidar da validade de seus sentimentos, no que concerne a algum dom espiritual.
·         A confirmação da parte do Corpo serve de confirmação de todos os passos aqui referidos. 
·         Os dons espirituais são conferidos para serem usados dentro do contexto do Corpo de Cristo.  É necessário, por conseguinte, que os demais membros do Corpo tenham a palavra final na confirmação de seu dom.

domingo, 27 de maio de 2012

Pois é. Sei lá quanto tempo depois resolvi escrever aqui de novo.
Estudamos no último trimestre da EBD - Classe de Jovens, a parábola do filho pródigo. Vimos nesse tempo porque Jesus falava por parábolas, a relação que essa tem com as duas outras parábolas do capítulo 15 de Lucas, o pano de fundo e a necessidade de nao alegorizá-las além de trabalhamos conceitos de graça, redenção e justificação.
Vimos também a profundidade dos três personagens principais da história e o simbolismo de cada um.

Foi um estudo muito prazeroso pra mim e pelo que vi da turma, pelo menos da maioria, também. Espero que no próximo que se inicia no domingo que vem seja melhor ainda e que o Senhor nos ensine a cada dia a sermos nao só ouvintes mas tambem praticantes da sua palavra

sábado, 14 de maio de 2011

O sacerdócio de Samuel

Tava dando uma pesquisada sobre ascendencia de Samuel (o juiz, sacerdote e profeta de Israel) e encontrei um maluco falando EM UM SITE POR AÍ que "Samuel não podia assumir o cargo de sacerdote por não ser descendente de Arão, embora fosse levita." que Bíblia é essa que esse doido ta lendo?

A leitura da Bíblia, principalmente do AT deve ser feita de maneira sistemática e com muita atenção. O fato de o v. 1 do cap 1 do primeiro livro de Samuel dizer que "Houve um homem de Ramataim-Zofim da região montanhosa de Efraim... efraimita" significa apenas que ele era nascido naquela região. Esse texto nao fala nada sobre sua árvore genealógica.

Lembram-se que os levitas nao tiveram parte na divisão das terras? Eles se espalharam nas terras de seus irmãos e esse era o caso aqui. Pode ser, e é bem provável que ele tenha nascido na região de Efraim sim, mas de acordo com 1Cr 6 ele era descendente de Levi, da linhagem de Arão e ainda por cima Coatita, o que significa dizer que ele era apto a sacrificar ao Senhor e que sob sua responsabilidade estavam as coisas santíssimas. Se ele fosse gersionita ou merarita (os outros dois filhos de Arão) ele nao poderia realizar tal ministério.

Pra quem quiser tirar a dúvida leia o capítulo 6 do primeiro livro de Crônicas e Números 4.4

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

1Co 3.1-17

As facções na igreja coríntia eram o resultado de comportamentos carnais, de pessoas carnais preocupadas com suas reputações; pessoas que nao se procupavam com o povo de Deus e sim em se sobressair e parecer maior do que outros em todos os sentidos.

Tá cheio disso nas igrejas...


domingo, 7 de novembro de 2010

Panorama do Antigo Testamento - 1

Pra nao deixar morrer o blog, ja que quase nao escrevo aqui ne,  aí está meu esboço da 1ª lição do tema desse trimestre na EBD. Sei que tem uma ou outra pessoa que sempre entra e isso já me deixa satisfeito se eu puder contribuir para o seu aprendizado. Foi muito bom preparar e entregar essa aula. Aliás hoje dia 7 já estudamos a 3ª lição sobre o tema e a resposta tem sido bem interessante por parte da turma. Vocês são demais galera. Jovens comprometidos com o Senhor. Bom já chega. Vamos ao que interessa. Taí ó!


Panorama do Antigo Testamento
Antes de começar o estudo do texto vamos reunir informações que nos auxiliarão em nosso caminho.
O que é a Bíblia? – revelação da vontade de Deus para o homem de maneira escrita.
Qual o tema central da bíblia? – salvação através de Jesus.
A Bíblia contem 66 livros(39, 27), escritos por 40 autores abrangendo um período de 1600 anos.
O AT foi escrito em hebraico e traduzido para o grego cerca de 100 anos antes do inicio da era cristã. O NT foi todo escrito em grego. Bíblia vem de (gr) biblos, biblioteca, tal como Testamento é “pacto” ou “aliança”.
O AT é o pacto que Deus fez com o homem quanto à sua salvação antes de Cristo vir; o NT depois.
No AT encontramos a aliança da Lei, no NT a graça. UMA CONDUZIU À OUTRA. (Gl 3.17-25)
O AT começa e o NT conclui.
O AT se reúne em torno do Sinai, o NT ao redor do calvário
O AT está associado a Moisés, o NT a Cristo (Jo 1.17).

Livros do AT
Lei – 5                                               Históricos – 12
Poéticos – 5                                     Proféticos – 17 (5 maiores e 12 menores)

Livros do NT
Evangelhos – 4                               Histórico – 1
Profético – 1                                    Epístolas – 21 (14 paulinas e 7 gerais)

O AT começa com Deus (Gn1.1), o NT com Jesus (Mt1.1)
Adão – Abraão: história da raça humana
Abraão – Jesus: história da raça escolhida
Cristo em diante: história da igreja.

O que faremos nesse estudo: você vai aprender a colocar em ordem os fatos e personagens em ordem cronológica de maneira que a Bíblia fará mais sentido dando a todos nós um entendimento mais profundo quanto à morte sacrificial de Cristo por nós.

A galáxia onde vivemos gira à velocidade de 788.410 Km/h e precisa de 200 milhões de anos para dar uma volta completa. Existem mais de um bilhão de outras galáxias como a nossa. Cientistas afirmam que o número de estrelas é igual a todos os grãos de areia de todas as praias do mundo. Ainda assim esse complexo de estrelas, planetas, galáxias, velocidades inimagináveis, e essas dimensões que não podemos mensurar em nossa mente funcionam com uma inigualável ordem e eficiência.
Para acreditar em evolução ou surgimento é necessário mais fé do que para acreditar que um Deus único e poderoso criou e mantém todo o universo.

GÊNESIS - origens
Não é apenas um livro acerca da história da humanidade – contém o ensino sobre o plano divino de redenção, mostra a constituição da família e da humanidade a partir de um único casal.
Não é um tratado histórico – não se preocupa com data ou cronologia
Não é um tratado científico – não contém qualquer informação sobre os métodos divinos para criar. Só declara o seu autor. “no princípio criou DEUS”.

É a introdução à Bíblia. Livro dos princípios: da criação, do pecado, da redenção e da raça eleita.
Relaciona-se profundamente com o NT. Alguns dos temas tratados no Gênesis tornam a aparecer apenas no NT. Queda do homem, obra redentora concluída em Jesus, instituição do casamento, juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao crente, contraste entre filho da promessa e filho da escrava, povo de Deus como estrangeiro e peregrino.

CONTEÚDO – o livro abrange um período muito longo desde as origens da criação até o estabelecimento de Israel no Egito. Se considerarmos a teoria da recriação o livro do Genesis abrangeria um período aproximado de 2.000 anos (até o sec. XV a.C.)
Divide-se em duas seções: 1-11 história primitiva e 12-50 hist. Patriarcal.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por mim?

O diadema da dor
que retalhou seu rosto,
Três pregos fincando a carne na madeira
para segurá-lo naquele lugar.

Compreendo a necessidade do sangue.
Seu sacrifício eu abraço.
Mas a esponja amarga, a lança transpassando,
o cuspe em seu rosto?
Tinha que ser numa cruz?

Não havia morte mais amável
do que seis horas pendurado entre a vida e a morte,
tudo isto regado a um beijo de traição?

- Oh, Pai,
desculpe perguntar, mas preciso saber,
fizeste isso por mim?

Se eu pudesse tocá-lo, tatear a madeira da cruz e as tranças da coroa de espinhos... talvez eu pudesse até ouvi-lo sussurrar em resposta:

"Eu fiz isto por você"

Max Lucado
Ele escolheu os cravos, P.8

sábado, 4 de setembro de 2010

Considerações em Romanos 1

Hoje, enquanto lia o capítulo 1º da carta de Paulo aos Romanos me lembrei desse blog que eu inventei de fazer. O que tem uma coisa com a outra? Sei lá... nada...?! Mas vou postar minhas observações aqui. Pode ajudar alguém a compreender a carta melhor.

Obs.: nessa primeira oportunidade iremos apenas até o v. 17.

Let’s go!

Bem, o que primeiro precisamos estabelecer são alguns detalhes que permeiam a carta: autoria, data, local e destinatário.

A autoria: ditada pelo apóstolo e escrita por Tércio. Essa prática era bem comum porque facilitava a continuidade na linha de raciocínio. Ao que tudo indica Tércio era um cristão.
Data e local: Tudo indica que a carta foi escrita entre 55 e 57 A.D. de Corinto antes da volta do apóstolo para Jerusalém levando as ofertas das igrejas gentílicas (At 15.25-28; 24.17). Foi levada por Febe (16.1,2), uma irmã da igreja em Corinto (Cencréia era o porto de Corinto no golfo Sarônico, aquele que fica do lado direito do istmo onde fica a cidade), até Roma, uma vez que não existia serviço postal à disposição do povo. Esse era um serviço à disposição apenas do Império.
Destinatário: a carta foi escrita para os irmãos da igreja em Roma, capital do império. Segundo as informações da própria carta o apóstolo ainda não havia visitado aquela cidade. A partir disso podemos concluir que a igreja de Roma não foi fundada por Paulo (tampouco por Pedro) e não há motivos para pensar que houve alguma influência apostólica em sua fundação. Segundo as afirmações de Paulo podemos pensar que a igreja de Roma já estava bem estabelecida. A suposição mais plausível quanto à sua fundação é a de que visitantes de Roma provavelmente estavam presentes em Jerusalém no dia de pentecostes (At 2.10,11), ouviram a pregação de Pedro e talvez tenham sido os primeiros a levar o evangelho para Roma. Mas são apenas suposições. Fato é que a igreja em Roma era composta tanto por Judeus quanto por gentios e que por motivos quaisquer algumas congregações eram apenas de gentios outras de judeus outras mistas, enfim, o que precisamos entender é que existia a igreja fundada e estabelecida em Roma.
O tema central desse primeiro capítulo é a pecaminosidade dos gentios (no cap. 2 fala do pecado dos judeus e no 3 do pecado da humanidade). Do v.1 ao 7 Paulo inicia a carta com uma longa saudação dando suas credenciais aos irmãos de Roma. Um pequeno detalhe é que antes de se apresentar como Apóstolo ele se denomina servo – grego: doulos; escravo, acorrentado. É a condição mais importante de sua vida. Antes de qualquer título sua primeira condição é de “escravo de Jesus”.

Do verso 2 ao 5, ainda dentro de sua saudação ele acaba citando todos os aspectos mais importantes do ministério de nosso Senhor Jesus. Veja:
a) v.2 – a promessa do salvador

b) v.3 – a encarnação de Cristo

c) v.4 – sua morte, ressurreição, divindade eterna e poder

d) v.5 – graça e apostolado concedidos a nós igreja pelo derramamento do Espírito

e) v.5 – a essência da Grande Comissão para se pregar o evangelho a todo o mundo.

O v. 7 nos diz até onde o Evangelho já tinha alcançado quando Paulo escreveu a carta.

Do v. 8 ao 10, Paulo dá testemunho de seu ministério espiritual e chama Deus como testemunha disso. Que ora incessantemente pelos irmãos dessa igreja. Paulo fala em servir em espírito porque é de onde brota o nosso serviço espiritual – não da carne nem da alma mas sim do espírito.

Do 11 ao 13 o apóstolo fala de seu desejo grande em visitar os irmãos daquela igreja pessoalmente. É interessante isso pois é muito provável que a reputação de Paulo o tenha precedido e que aqueles irmãos também desejassem muito vê-lo. Hoje podemos falar por telefone, carta, e-mail, Messenger... mas nada se compara à presença do servo do Senhor em comunhão pessoal com a igreja. Esse era o cumprimento da Grande Comissão na vida de Paulo.

A atitude dinâmica do apóstolo quanto ao evangelho é descrita em três fases do v. 14 ao 16:

a) sou devedor

b) estou pronto

c) não me envergonho

O que podemos tirar desse esquema? Que Paulo se empenhava em cumprir o Ide do Senhor de todos os meios e modos, aos trancos e barrancos se fosse necessário. Ele reconhece que “deve isso a Deus”, que foi preparado e enviado porque “estava pronto”. Paulo não tinha medo de ser cobrado pelo Senhor pela sua omissão. Estava pronto, preparado e não se envergonhava de levar a Palavra de Deus aos perdidos (poderia repetir essas palavras sobre você mesmo?).

Os v. 16 e 17 introduzem o tema central da carta uma vez que nos apresenta os mais importantes aspectos da salvação: FÉ, VIDA e JUSTIFICAÇÃO:
16,17: Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego, visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.

O Dr. Norman Harrison em seu livro sobre romanos faz uma análise muito interessante sobre esses dois versos e neles aponta as sete características principais do evangelho:


1. seu poder - Deus

2. seu objetivo - Salvação

3. sua acessibilidade - a todo o que crê

4. sua universalidade - primeiro ao judeu e depois ao grego

5. seu caráter - em que se revela

6. seu conteúdo - a justiça de Deus

7. sua forma de operar - de fé em fé.


Mas primeiro pro judeu? Por que isso se na mesma carta (2.11) ele diz que Deus não faz acepção de pessoa? A resposta é que essa é uma das principais preocupações de Paulo nessa carta. Seu ponto de vista cristão sobre judeus e gentios. Desfaça essa dúvida de sua mente. A promessa do messias, de redenção e salvação foi feita primeiramente aos judeus (Jo 4.22; Mc 7.24-30; Rm 2.9,10); seguindo esse caminho o trabalho missionário de Paulo, por onde quer que fosse, levava essa diretiz. Não é de se espantar que SEMPRE entrava primeiro na sinagoga (com o cumprimento da promessa messiânica em Jesus) e depois disso passava a pregar aos de fora.

continua... depois...