quinta-feira, 8 de julho de 2010

1ª Corintios 14

Nobre leitor, eu resolvi postar aqui o material que preparei para a lição da EBD de domingo dia 20/06/10 na classe de jovens. Ah fui eu que preparei o estudo e o blog é meu e eu posto o que quiser! rsrsrs. 
Quem quiser se dar o trabalho de ler lembre-se que é o esboço que eu usei na sala então deve ter informação pela metade cujo complemento está na minha cabeça. Eu vou tentar dar uma melhorada aqui para dar um aspecto de texto indutivo, mas pode ser que passe alguma coisa. Ah, qualquer coisa pergutaê! #tenso


Depois de tratar no capítulo 12 da 1ª carta aos coríntos dos dons espirituais em geral, o apóstolo mais uma vez ataca uma ferida – e essa era grande – dos coríntios. O uso do dom de línguas da maneira errada. E para entrar no tema começa falando em AMOR.
Paulo havia dito em 12.31 que lhes mostraria “um caminho mais excelente” e nesse capítulo o desvenda.
v.1 “segui o amor”. O maior dos dons. Enquanto o amor desfrutar um lugar proeminente na relação entre os irmãos os dons serão derramados e bem usados. Para que Paulo escrevesse esse capítulo dessa forma é provável que esse fosse o centro da questão coríntia. Vemos o individualismo corriqueiramente demonstrado por Paulo na carta. Era algo que precisava ser tratado na vida dos coríntios.
Procurai com zelo os dons”. Paulo não diz para se abster de buscar nenhum dos dons relatados antes, pelo contrário incentiva.
mas principalmente o de profetizar”. Ele já inicia enaltecendo a profecia como o melhor dos dons. Veremos o porquê.
O problema do dom de línguas: o mesmo de hoje. O uso indiscriminado e irresponsável em qualquer ora ou lugar. Falam alto e inconvenientemente numa tentativa de demonstrar santidade. É o já falado selinho isso 9000. “ó o santarrão lá falando em mistérios”. Em que você foi edificado com isso? Além de ouvir ruídos estranhos você aprendeu algo para sua vida cristã e fé? Quando Paulo os chama de "bárbaros" tem a intenção de dizer estrangeiros, pessoas de um povo cuja lingua nao se conhecia.
*** Para Calvino o dom de línguas tinha um propósito além de produzir ruído. Tinha algo a ser comunicado. Era para os não crentes como foi em Atos 2. Era aterrorizar e impactar levando-os à conversão. (Comentários de João Calvino em 1ª Coríntios - Edições Parakletos)
E o dom de profecia? O que vem à sua mente quando se fala em PROFETIZAR? Na verdade é o dom de desvendar a vontade de Deus. O profeta é um mensageiro de Deus. Com seu espírito ele interpreta e aplica as escrituras de maneira sábia. Pode envolver predição de eventos futuros sim, mas não é o principal objetivo. A finalidade da profecia na igreja é esclarecer, advertir, corrigir ou encorajar (exortar). A profecia deve ser julgada dentro desse campo.
Mas aprenda o seguinte: Ser cheio do Espírito Santo tem um propósito. Deus não vai encher ninguém com seu Espírito sem que haja um propósito para isso. V. At 2.
O dom de profecia é mais excelente do que os demais porque edifica a toda igreja e esse é o propósito da profecia. Edificar. E nos cultos é melhor que se busque a edificação da igreja do que apenas a pessoal. Paulo não quer abolir o dom de línguas, mas para ele é melhor que nos cultos seja evitado a menos que haja interpretação.
O apóstolo usa a palavra idiotes para demonstrar a perda de tempo para a igreja de todos orarem insanamente em línguas sem que ninguém interprete transformando tudo em profecia. Então, interprete e orador juntos são como um profeta.
Já quase puxando para outro assunto no capítulo, o apóstolo solta o v.23 querendo dizer: “se alguém sendo completamente ignorante de tudo isso, não pensará que tais pessoas são loucas, as quais emitem ruídos sem sentido em lugar de conversação normal, gastando seu tempo com pias futilidades, quando achava que entraria numa reunião para ouvir o ensino de Deus?” (Calvino)
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Muda então de assunto e passa a falar da ordem no culto. Tudo o que foi dito ate agora tinha também o objetivo de ensinar que o culto deve ser ordenado e edificante para todos os que lá estiverem.
Depois descreve a ordem e limita a medida dos atos no culto: SE (não é ordem é permissão) alguém falar em línguas... (v 27, 28). A igreja pode subsistir sem o dom de línguas. O mais importante e esse devemos sim buscar é o de profetizar (V.2).