sexta-feira, 24 de agosto de 2012

               


            O Dicionário Teológico Brasileiro Lázaro Soares de Assis conceitua TEOFANIA como “um termo teológico para indicar qualquer manifestação temporária e normalmente visível de Deus” diferenciando ainda teofania de encarnação, esta permanente. Por sua vez o Dicionário da Bíblia de Almeida traz o significado de PROFECIA como “a mensagem de Deus anunciada por meio de um profeta a respeito da vida religiosa e moral do seu povo (2Pe 1.20-21). As profecias tratam, às vezes, do futuro, mas geralmente se prendem às necessidades presentes das pessoas.” Partindo dessas duas definições básicas encontramos no Antigo Testamento uma quantidade elevada de teofanias e profecias que desde o início dos tempos nos revelavam a vinda de Cristo como aquele que traria redenção ao homem.
Além da teofania e da profecia, sobre as quais discorreremos a seguir, Deus se revelou ao homem de forma especial por outros instrumentos ou modalidades, por exemplo através dos “tipos” de Cristo como Adão (Rm 5.14; 1Co 15.45), Melquisedeque (Gn 14; Hb 7), José do Egito – talvez o mais simbólico de todos (1Pe 1.11; Mc 1.11. Odiado por seus irmãos, conspiraram contra ele, tramaram sua morte, tiraram sua túnica, deixou a casa do pai e foi viver como servo, entre outras situações), Moisés (Hb 3.1; 11.23-29 – deixou seu trono para sofrer com o povo de Deus, foi profeta, mediador); os sacrifícios como a morte do cordeiro pascal (Êx 12); no Tabernáculo; também por acontecimentos de eventos miraculosos por exemplo a travessia do Mar Vermelho (Êx 14) e o chamado de Abraão (Gn 12); falando com linguagem inteligível e voz audível (1Sm 3.4), sonhos e visões.
Quanto à teofania nos atentemos ao fato de que homem nenhum pode ver o Senhor mas que ao mesmo tempo somos instruídos pela Palavra a buscar a face de Deus. Mas em Mt 11.27 temos a resposta do próprio Cristo de que só quem conhece o Pai é o Filho “e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
               Há uma modalidade de revelação especial, onde a teofania se inclui, chamada de “manifestação visível” onde se encontram também a Sarça que não se consumia para Moisés (Êx 3) e a Glória do Shekiná (Êx 3; 24; 40) como exemplos.
            O Senhor revela-se a quem quiser e quando quiser, ele é soberano e julga o momento perfeito e ideal para isso. Além de transcendente é também um Deus imanente que intervém, quando deseja, na sua criação dando direção ao homem para que seus desígnios sejam realizados. Nesse contexto, talvez nos venha à mente com mais facilidade quando falamos sobre teofania, a aparição do Anjo do Senhor quando Deus assinala sua presença (ou como um homem como aconteceu com Jacó em Gn 32.23-33). Por diversas vezes essa manifestação ocorre no Antigo Testamento como em Gn 16.7-14,Nm 22.22, Jz 2.1, Is 63.9, Zc 1.7-12, Ml 3.1 entre outras passagens. Nessas ocasiões o Anjo do Senhor é identificado com Deus. Os comentários da Bíblia de Estudo de Genebra dizem que “alguns estudiosos concluem que, num certo sentido, o Anjo do Senhor é uma manifestação na qual ele age como seu próprio mensageiro; é tido com frequência como um aparecimento pré-encarnado do Filho de Deus”. Levando em consideração essa ultima característica, Jefté Alves de Assis[1] diz que

...existe na pessoa do anjo tanto uma individualidade como uma identificação com Deus. Suas atividades como provedor, protetor e redentor para com seu povo é uma clara atividade divina. Todos esses fatores nos levam a creditar esse papel a Cristo a segunda pessoa da Divindade. O Novo Testamento não tem dificuldade em creditar a Cristo a figura de um Anjo (Ap 20.1)

            Temos então que as teofanias nas quais o Senhor se revela de modo especial no Antigo Testamento são acima de tudo cristológicas e revelavam seu Filho àqueles a quem Ele queria.
         As profecias messiânicas são o ponto culminante do evangelho no Antigo Testamento onde vemos desde o início, lá no Éden, desde a queda do homem toda a história da humanidade apontando para o nosso Redentor. Desde o momento que o Senhor sacrificou o animal e cobriu Adão e Eva com sua pele ele nos mostrava que apenas Ele era capaz de cobrir nossos pecados e que viria um novo Adão, um último Adão e que Através dele e por sua obediência muitos injustos serão feitos justos (Rm 5.12-21). Esse evangelho é retratado de diversas formas e instrumentos no Antigo Testamento e culmina com as profecias que em momentos diferentes são reveladas às pessoas daquele tempo e comprovadas no Novo Testamento até os dias de hoje.
            Tanto a vinda de Cristo, como sua obra, seu sofrimento vicário e seu reino foram profetizados muito antes de sua encarnação. Seria possível fazermos uma tabela com todas as profecias e seus cumprimentos respectivos no Novo Testamento dada a precisão de informações que o Senhor dava a seus profetas naqueles tempos e que estão relatadas tanto em livros chamados “proféticos” do Antigo testamento como em livros de outras categorias como os livros históricos, de sabedoria ou da Lei. Essa foi uma forma muito utilizada por Deus para a sua revelação em caráter especial. Eis alguns exemplos de profecias messiânicas do Antigo Testamento e seu respectivo cumprimento no Novo Testamento[2]:

Descendente de mulher - Gn 3.15 - Gl 4.4
Descendente de Abraão - Gn 17.7; 22.18 - Gl 3.16
Descendente de Davi - Sl 132.11; Jr 23.5 - At 13.23; Rm 1.3
Nascido de uma virgem - Is 7.14 - Mt 1.18; Lc 2.7
Nascido em Belém - Mq 5.2 - Mt 2.1; Lc 2.4-6
Um profeta como Moisés - Dt 18.15-18 - At 3.20-22
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque - Sl 110.4 - Hb 5.5,6
Pobre - Is 53.2 - Mc 6.3; Lc 9.58
Paciência e silêncio sob os sofrimentos - Is 53.7 - Mt 26.63; 27 12-14
Crucificado - Sl 22.16 - Jo 19.18; 20.25
Esquecido por Deus  - Sl 22.1 – Mt 27.46
Seus ossos não foram quebrados - Ex 12.46; Sl 34.20 - Jo 19.33,36

           Todas essas profecias foram cumpridas em Cristo provando que o plano de salvação proposto e dirigido por Deus se completou na cruz, na morte do Cordeiro Santo e que esse plano se cumpriu integralmente sem interferência humana.

sábado, 4 de agosto de 2012

Resumo: A Comunidade do Discípulo Amado. Raymond E. Brown; Ed. Paulus



       O Evangelho de João, também chamado de quarto evangelho, deve ser lido em diferentes níveis diferenciando dois aspectos: a narrativa da história de Jesus e a história da comunidade que cria nele. Essa comunidade atravessa momentos diferentes de contato com o evangelho, momentos esses que podemos chamar de fases.
      Quatro seriam as fases da vida na comunidade joanina: a era pré-evangélica nas origens da comunidade; a vida na comunidade na época que o evangelho foi escrito; a vida nas comunidades na época em que foram escritas as cartas; e a dissolução dos dois grupos joaninos depois das três cartas.
       A primeira fase é anterior ao evangelho. Nela encontramos duas cristologias sendo formadas e que tem grande relevância para o entendimento da teologia joanina. A primeira é a cristologia “baixa” que parte dos aspectos humanos de Jesus onde se aplicam títulos derivados do AT como Messias e Profeta e o nascimento virginal do messias; a segunda é chamada cristologia “alta” ou “elevada” que coloca Jesus numa esfera de divindade, onde Cristo é chamado de Deus ou Filho de Deus ou Salvador do Mundo.
     Essa primeira fase onde existe uma “cristologia baixa” se dá quando os primeiros discípulos (que eram judeus) se juntam a Jesus e o reconhecem como o Messias e quando os discípulos de João Batista também se unem à comunidade joanina. A entrada de um segundo grupo de cristãos joaninos na comunidade leva essa cristologia a um padrão mais elevado onde Cristo já passa a ser visto como Deus dando início a um grave conflito com os judeus. Supõe-se que esse segundo grupo constava de judeus com opinião formada contra o Templo, que converteram samaritanos e assimilaram alguns elementos do pensamento samaritano inclusive uma cristologia que não era centralizada num Messias davídico. A inserção dos gentios na igreja cristã deu uma visão mais universalista ao cristianismo ("Porque Deus amou o mundo" e não a A ou B). Nessa fase da alta cristologia João é bem mais incisivo do que Paulo no que tange à preexistência de Jesus.
        A segunda fase se dá no tempo que o evangelho foi escrito onde podemos perceber uma certa animosidade entre os não-crentes e os cristãos joaninos o que foi afastando o grupo cada vez mais do restante do mundo. Os judeus cristãos rejeitavam a alta cristologia pois a consideravam uma descrença o que levou a um rompimento.
         A terceira fase abarca o tempo em que as epístolas foram escritas quando grupos de discípulos de João começam a interpretar o evangelho de maneiras divergentes e o autor, agora denominado presbítero, escreve às igrejas alertando sobre a verdadeira interpretação do evangelho e contra os separatistas, anticristos e falsos profetas. Os problemas se davam principalmente no campo da cristologia, ética, escatologia e pneumologia.
      Na quarta fase, após a escrita das epístolas, vemos que para poder combater os separatistas, alguns adeptos do autor aceitaram a necessidade de mestres oficiais com autoridade, forma praticada pela Igreja Apostólica à qual se uniram que por sua vez levando consigo a alta cristologia da preexistência. Os separatistas que aparentemente alcançaram um grande número de crentes se encaminharam para o gnosticismo levando o 4º evangelho e sua errônea interpretação.

sábado, 7 de julho de 2012

Resenha: Um Lar Para Quem Não Tem Casa - Uma Interpretação Sociológica da Primeira Carta de Pedro. John Elliott; Ed. Paulus





Diante da exagerada ênfase exegética à perspectiva histórico-literal da Primeira carta de Pedro (a partir de agora tratada como 1Pedro), surgiu a necessidade de buscar outra abordagem para complementar os estudos e interpretação do documento entendendo que os problemas dos cristãos da igreja primitiva não eram apenas de cunho teológico mas também social e religioso. Para isso John Elliot busca elementos formadores da sociedade em questão para determinar as condições em que esses cristãos viviam.
A partir dos termos paroikos (estranhos residentes) e oikos thou Theou (casa de Deus) e correlatos o autor de 1Pedro traça uma situação sociorreligiosa dos cristãos do primeiro século descrevendo modalidades específicas de condição e organização social. O termo paroikos revela uma condição social dura na qual os cristãos espalhados pelas províncias da Ásia Menor se encontravam. Apontava para pessoas segregadas sem identificação social ou cultural.
As condutas exclusivistas dos cristãos tornava-os ainda mais diferentes dos demais atraindo suspeição e hostilidade. O sectarismo apresentado os colocavam numa situação de potenciais “rebeldes” da ordem pública estabelecida.
Elliott se volta então para a estratégia sociorreligiosa da carta que seria um documento escrito de crentes para crentes que viviam sob ameaças constantes de hostilidade e resistência dos de fora. Seu objetivo era exortar e consolar. A seita, em perspectiva sociológica busca promover alto grau de consciência de grupo e solidariedade entre os membros sendo que para isso ela precisa se manter separada do mundo e sem mancha. Para isso a seita apresenta um código de conduta para reduzir a influência da sociedade dominante de maneira que seja também um atrativo aos que estão fora da seita. É uma dualidade com a qual John Elliott se depara; uma tensão para uma seita de conversão uma vez que ela deve tanto evitar quanto evangelizar os estranhos. Seus valores devem trazer segurança para os de dentro e convencer os de fora. A estratégia do autor da carta então tem um foco sociorreligioso que busca reforçar a consciência, a coesão e o comprometimento do grupo na Ásia Menor.
As rixas e perseguições aos cristãos também são tratadas com cuidado por Elliott. Assim como podia trazer instabilidade à seita, traria um chamado para promover coesão interna e fortalecer os laços e comprometimento dos irmãos. Outro lado importante é que as lutas aproximam os antagonistas já que eles mais interagem do que se distanciam e assim seria melhor manter a luta e ter sempre oportunidade de evangelizar (com sua conduta) do que se isolar por completo, uma vez que os não-cristãos eram potencialmente futuros cristãos.
O conceito e significado de oikos na carta também é tratado. Segundo o autor do livro esse conceito é fundamental para a interpretação da carta onde a família de Deus tem um significado social proeminente. O oikos constituía a célula inicial da vida comunitária e era o desejo de toda e qualquer pessoa, ser parte de uma dessas células pois elas significavam aceitação e segurança social. Assim sendo essa era uma oferta tentadora para os paroikoi.
O propósito da carta, levando-se em consideração todas as questões ate aqui levantadas não pode ser visto como um consolo aos peregrinos do céu aqui na terra, mas como uma tentativa de afirmar a identidade comunitária e reforçar sua condição social dentro novo lar e que agora tinham um status e dignidade.
O principal símbolo coletivo da carta é a casa de Deus. A partir dele é construído todo o arcabouço argumentativo de caráter, nova vida, solidariedade e salvação, e uma vez constituintes dessa casa de Deus devem viver e comportar-se como tal, sujeitos à vontade dele. Para isso o autor petrino traz um código doméstico onde elabora os papéis, relacionamentos e responsabilidades de quem a integrava com a função de exemplificar e estimular um comportamento com vistas a manter a coesão interna sectária e o contraste social externo.
Por último, Elliott discorre sobre as implicações ideológicas da carta petrina que segundo ele, vão alem de conteúdo de ideias teologicorreligiosas. Promover a identidade coletiva e coesão interna são exemplos de alguns aspectos ideológicos da carta.
Alguns fatos apontam para uma autoria grupal e não individual mas que ela seria autenticamente petrina em seu conteúdo e ideologia. Seria acima de tudo o testemunho evangélico e social de Pedro levado à comunidade asiática menor por discípulos do apóstolo. Elliott se envereda pelo caminho de que a carta tinha a intenção de afirmar os laços sociais e religiosos entre os cristão de Roma e da Ásia Menor sob o nome de seu líder mais notável (Pedro) trazendo em seu bojo uma eclesiologia e ideologia de todo o movimento cristão constituindo uma sociedade dentro da outra, ou uma sociedade para aqueles que não tinham sociedade; uma casa para quem não tinha casa.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Seminário de dons espirituais - Me. Roberto Lira (Igreja de Nova Vida Sobradinho-DF)


fonte: https://sites.google.com/site/lrobertolira/


Texto Base
1Co 12:8-11 - "Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer."
O que são dons espirituais ?
·         É a manifestação do Espírito Santo dentro de nós, nos capacitando com poder de Deus para realizar uma tarefa segundo a sua vontade. É algo que acontece entre o espírito do homem e o Espírito de Deus e se expressa através da alma e do corpo.
·         Não confundir dons do Espírito Santo com habilidades naturais.
·         Habilidade ou talento é a capacidade natural que cada um de nós tem. Está ligado a aptidão.
DONS E MINISTÉRIOS NA BÍBLIA
Dons – (Gr. Charismatoon, latim donum) - "donativo, presente, dádiva, faculdade ou privilégio adquirido de modo sobrenatural. Capacitação que o próprio Deus através do Espírito Santo dá gratuitamente aos seus filhos(as)". Rm 12.6a

Graça - Charis - (graça), e Kharizonai (agraciar) 

Ação de Deus, independente dos nossos merecimentos na vida.

Ministérios – (Latim ministerium) - cargo ou função, emprego que exerce segundo I Pe. 4.10 “Servi uns aos outros, como bons despenseiros da multiforme, Graça de Deus”. O ministério seria, por assim dizer, o ato de trabalhar no serviço {ministrar = servir}.
Dom = Capacitação dada por Deus.

Ministério = Serviço executado com dons em benefício da comunidade.
Graça = Ação de Deus, independente dos merecimentos.

1Co 12:1-7  "Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum."
Não quero que sejais ignorantes.
Ser ignorante é não ter conhecimento a respeito de algum assunto (ex.: agricultura, construção, computadores).
 Como posso desenvolver o meu dom espiritual?
1.      você deve ser um cristão de verdade.  Há pessoas que até freqüentam os cultos com certa regularidade, contribuem com dinheiro e até exercem algum cargo...
Mas jamais entraram em um relacionamento pessoal com o Salvador, que poderíamos chamar de nascer de novo.
Nesta oportunidade vale a pena revermos o que vem a ser uma autêntica conversão a Cristo, conforme a Epístola aos Colossenses:
2.      você deve crer nos dons espirituais. Você precisa crer que Deus lhe outorgou um dom espiritual antes que dê início ao processo de descobrimento. 
Também é mister que você tenha um senso de agradecimento a Deus por haver lhe outorgado algum dom espiritual.
3.      você deve estar disposto a esforçar-se. Deus lhe deu um ou mais dons espirituais, e isso por alguma razão. 
Há um trabalho que Ele quer que você cumpra no Corpo de Cristo, uma tarefa específica para a qual Ele lhe tem equipado.  Deus sabe se você é sério quanto a trabalhar para Ele. 
Se você estiver disposto a usar seu dom espiritual com vistas à glória de Deus, bem como ao bem-estar do Corpo de Cristo, Ele haverá de ajudá-lo. 
4.      você deve orar. Antes, durante e depois desse processo, você precisará orar. 
Tiago recomendou: “Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tg 1:5).  Busque a Deus sincera e intensamente, pedindo-lhe orientação.  Visto que Deus que você descubra qual o seu dom espiritual, certamente Ele lhe dará toda a ajuda que você vier a precisar. Simplesmente peça e confie que Ele o fará.
Descobrindo o seu dom espiritual.
Passo 1:  Explore as Possibilidades.
Será difícil você descobrir um dom espiritual e não saber, de antemão, o que lhe deve procurar. 
O propósito é explorar as possibilidades, é familiarizar-se o bastante com os dons que Deus deu ao Corpo de Cristo, a fim de que, quando você descobrir o seu dom seja capaz de reconhecer em que consiste tal dom.
·         Estude a Bíblia. Naturalmente, a fonte básica de informações sobre os possíveis dons espirituais é a Bíblia.  Estude até que você se sinta familiarizado com o que a Bíblia ensina a respeito dos dons.
·         Leia. Nunca antes, na história da Igreja, houve uma literatura tão farta sobre os dons espirituais como em nossos dias.
·         Procure conhecer pessoas que exerçam dons espirituais. Converse com crentes que já tenham descoberto, desenvolvido e estejam usando seus dons.  Receba a benção da experiência destes irmãos.
Passo 2: Experimente os  Dons. 

Você jamais descobrirá se tem talento para jogar boliche enquanto não experimentar.  Você jamais saberá se tem jeito para compor poesias se nunca tentar!
Um ponto permanente consiste em olhar à sua volta para ver que necessidades você seria capaz de identificar. 

·         Em seguida, tente fazer alguma coisa para satisfazer essa necessidade. 
·         Procure saber quais as necessidades de outras pessoas e da Igreja local. 
·         Descubra onde você pode mostrar-se útil em algum sentido e, então, entre em ação.
·         Mostre-se disponível para qualquer ocupação na igreja. 
·         Quando você receber alguma tarefa para realizar, faça-a sob oração. 
·         Peça que o Senhor lhe mostre, através daquela experiência, se você tem ou não um dom espiritual compatível com a experiência.
Passo 3: Examine seus sentimentos.
Nosso Deus sabe que se tivermos alegria no cumprimento de uma tarefa faremos um trabalho melhor do que se não gostássemos da mesma.
·         Logo, parte do plano de Deus consiste em combinar o dom espiritual que Ele nos tem dado com os nossos sentimentos, de tal maneira que se realmente tivermos um dom, haveremos de desfrutar prazerosamente do mesmo.
·         No Salmo 37:4 lemos: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará aos desejos do teu coração”.  Servindo a Deus fielmente teremos a alegria de viver na Sua perfeita vontade.
Passo 4: Avalie a sua eficiência.

Visto que os dons espirituais têm em vista cumprir tarefas, não está fora de ordem esperar que os mesmos funcionem.

  • Se Deus lhe deu algum dom, Ele assim o fez porque quer que você realize algo para Ele, dentro do contexto do Corpo de Cristo. 
  • As pessoas espiritualmente dotadas obtêm bons resultados.  Se você estiver experimentando um dom e coerentemente descobrir que aquilo que deveria estar acontecendo não acontece, então é provável que você tenha descoberto um outro dos dons espirituais que Deus não lhe deu.
  • Se você recebeu o dom ministerial de evangelista, então as pessoas aceitarão a Cristo regularmente por meio do seu ministério. 
  • Se você tiver recebido o dom da exortação, ajudará pessoas em seus problemas e verá vidas serem endireitadas. 
  • Se você tiver recebido o dom de curas, pessoas enfermas serão curadas. 
  • Se você tiver recebido o dom da administração, sua Igreja será abençoada pelo seu desempenho.  Quando dons espirituais autênticos estão em operação, aquilo que se espera que aconteça estará acontecendo.
 Passo 5:  Espere confirmação por parte do Corpo de Cristo.
Se você julga que possui um dom espiritual e está procurando exercê-lo, mas ninguém em sua Igreja pensa assim, então o mais provável é que você esteja enganado. 
·         Um dom espiritual precisa ser confirmado.

Uma pessoa pode sentir alegria em desempenhar uma função e ainda assim não possuir o dom espiritual respectivo?  Sim.   

·         Talvez você tenha um profundo desejo de ajudar a outras pessoas, por exemplo. 
·         E sinta que Deus o está chamando para o ministério de aconselhamento, através do dom da exortação. 
·         Entretanto, se você está fazendo experiências com o aconselhamento, e verifica que durante um certo período de tempo ninguém o procura a fim e ser aconselhado, nem recomenda a seus amigos e parentes que o procurem, nem lhe escrevem notas dizendo o quanto você os tem ajudado, então você terá boas razões para duvidar da validade de seus sentimentos, no que concerne a algum dom espiritual.
·         A confirmação da parte do Corpo serve de confirmação de todos os passos aqui referidos. 
·         Os dons espirituais são conferidos para serem usados dentro do contexto do Corpo de Cristo.  É necessário, por conseguinte, que os demais membros do Corpo tenham a palavra final na confirmação de seu dom.

domingo, 27 de maio de 2012

Pois é. Sei lá quanto tempo depois resolvi escrever aqui de novo.
Estudamos no último trimestre da EBD - Classe de Jovens, a parábola do filho pródigo. Vimos nesse tempo porque Jesus falava por parábolas, a relação que essa tem com as duas outras parábolas do capítulo 15 de Lucas, o pano de fundo e a necessidade de nao alegorizá-las além de trabalhamos conceitos de graça, redenção e justificação.
Vimos também a profundidade dos três personagens principais da história e o simbolismo de cada um.

Foi um estudo muito prazeroso pra mim e pelo que vi da turma, pelo menos da maioria, também. Espero que no próximo que se inicia no domingo que vem seja melhor ainda e que o Senhor nos ensine a cada dia a sermos nao só ouvintes mas tambem praticantes da sua palavra

sábado, 14 de maio de 2011

O sacerdócio de Samuel

Tava dando uma pesquisada sobre ascendencia de Samuel (o juiz, sacerdote e profeta de Israel) e encontrei um maluco falando EM UM SITE POR AÍ que "Samuel não podia assumir o cargo de sacerdote por não ser descendente de Arão, embora fosse levita." que Bíblia é essa que esse doido ta lendo?

A leitura da Bíblia, principalmente do AT deve ser feita de maneira sistemática e com muita atenção. O fato de o v. 1 do cap 1 do primeiro livro de Samuel dizer que "Houve um homem de Ramataim-Zofim da região montanhosa de Efraim... efraimita" significa apenas que ele era nascido naquela região. Esse texto nao fala nada sobre sua árvore genealógica.

Lembram-se que os levitas nao tiveram parte na divisão das terras? Eles se espalharam nas terras de seus irmãos e esse era o caso aqui. Pode ser, e é bem provável que ele tenha nascido na região de Efraim sim, mas de acordo com 1Cr 6 ele era descendente de Levi, da linhagem de Arão e ainda por cima Coatita, o que significa dizer que ele era apto a sacrificar ao Senhor e que sob sua responsabilidade estavam as coisas santíssimas. Se ele fosse gersionita ou merarita (os outros dois filhos de Arão) ele nao poderia realizar tal ministério.

Pra quem quiser tirar a dúvida leia o capítulo 6 do primeiro livro de Crônicas e Números 4.4

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

1Co 3.1-17

As facções na igreja coríntia eram o resultado de comportamentos carnais, de pessoas carnais preocupadas com suas reputações; pessoas que nao se procupavam com o povo de Deus e sim em se sobressair e parecer maior do que outros em todos os sentidos.

Tá cheio disso nas igrejas...