terça-feira, 2 de março de 2010

Ptochos

Absolutamente pobre. É esse o significado dessa palavra. Em Mateus 5.3 Jesus disse que pleno de felicidade é o ptochos pois dele é o reino dos céus. Às vezes alguém pode ler e pensar: "então basta eu ser pobre para ter o reino dos céus? É isso que está escrito". Bem, num é bem isso. O termo utilizado, ptochos, não dá margem para falarmos apenas em pobreza pecuniária. Consegue imaginar o que é pobreza total, pobreza de espírito? É se esvaziar de si mesmo; é reconhecer que é pó, imundo e que sem ajuda não poderia nem mesmo respirar.  - Tá mas e daí?
Pense: o pobre é aquele que não tem poder, influência ou prestígio ("nem chokito né irmão?" presta atenção gafanhoto!!) e nessa situação de "sem poder algum" passa a ser oprimido e explorado por aquele que tem poder, que governa o mundo. Esse é o Ptochos.

Então que raio de felicidade plena é essa? Como é que um camarada totalmente pobre de tudo o que se pode imaginar (e não apenas de dinheiro), que, por conta de sua situação miserável, é oprimido por quem detém o poder, pode ser feliz?

Já ví situações em que a pessoa se faz de pobre (to falando de grana) para impressionar os outros. Isso é exaltação à pobreza! Pode uma coisa dessas? Jesus não quis dizer isso. Ele abençoa uma atitude de espírito, reconhecendo que não tem nenhum recurso para enfrentar os problemas e que precisa de Deus em todas as áreas da vida. Ser pobre de espírito é reconhecer que sou pecador e que a salvação só chega até mim através da graça salvadora do Senhor. É colocar a confiança em Deus, viver em dependência total dEle! Viver a vontade plena dEle.

Tá mas qual a relação entre ser pobre de espírito e ter o reino dos céus? Uai!! Como assim? Quem é o rei do reino dos céus? Claro que é Deus. O que é o reino dos céus? Reino é um local onde existem rei e súditos, então esse reino é uma sociedade onde tudo o que se faz é obedecendo a perfeita e plena vontade de Deus, o rei. Um lugar onde os súditos se preocupam apenas em fazer a vontade do Senhor.

Trocando em miúdos, devo me esvaziar de mim. Reconhecer minha miséria e entender que sem Jesus nada posso fazer (Jo 15.5).

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