quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por mim?

O diadema da dor
que retalhou seu rosto,
Três pregos fincando a carne na madeira
para segurá-lo naquele lugar.

Compreendo a necessidade do sangue.
Seu sacrifício eu abraço.
Mas a esponja amarga, a lança transpassando,
o cuspe em seu rosto?
Tinha que ser numa cruz?

Não havia morte mais amável
do que seis horas pendurado entre a vida e a morte,
tudo isto regado a um beijo de traição?

- Oh, Pai,
desculpe perguntar, mas preciso saber,
fizeste isso por mim?

Se eu pudesse tocá-lo, tatear a madeira da cruz e as tranças da coroa de espinhos... talvez eu pudesse até ouvi-lo sussurrar em resposta:

"Eu fiz isto por você"

Max Lucado
Ele escolheu os cravos, P.8

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